domingo, 21 de junho de 2009

Cinco passos para achar um corrupto

Reconheça o político ‘rouba, mas faz’
Faz promessas durante as eleições, mas depois esquece tudo. O administrador corrupto usa o orçamento público para empregar amigos e parentes, favorecer aqueles que o apoiaram no processo eleitoral e pagar antigas dívidas pessoais ou dívidas políticas com credores. Usa o orçamento da prefeitura, da câmara ou do órgão que dirige como se fosse seu próprio dinheiro.

Observe a gestão da sua cidade
Desconfie quando o eleito e seus auxiliares têm histórico comprometedor, falta transparência nos atos administrativos, não existe controle financeiro, há apoio ou conivência de grupos suspeitos de envolvimento com o crime, colaboradores têm baixa capacidade técnica, a comunidade é excluída do processo orçamentário, parentes e correligionários são contratados.

Fique atento a atitudes que denunciam
Sinais de riqueza de uma hora para outra. Quando o eleito ou parentes exibem bens de alto valor, como carros, imóveis, joias. Desconfie também quando o padrão de consumo não for compatível com a renda, como grandes viagens, festas…Resistência a prestar contas. Todo cidadão tem direito a informação, inclusive o valor dos salários e os gastos públicos. A Lei Orgânica do município obriga a divulgação dos balancetes mensais da prefeitura.

O orçamento da prefeitura deve cobrir os serviços básicos da cidade. Abandono ou negligência podem ser indicadores de má gestão ou até mesmo de desvio de dinheiro público.

Remanejamento de grandes somas é suspeito. Desconfie de transferências de verbas acima de 5%.

Práticas mais comuns
Notas frias (empresas que não existem fisicamente ou juridicamente), superfaturamento no preço e/ou na quantidade, licitações fraudulentas, uso de fornecedores distantes e desconhecidos, empresas fornecedoras constituídas no início e no fim de mandato, pagamento com cheque sem cruzamento, notas próximas de R$ 8 mil.

Reúna provas
Antes de denunciar o desvio de verba pública é necessário obter documentos que comprovem as suspeitas. Busque informações em órgãos públicos como Junta Comercial e receitas Estadual e Federal, identifique funcionários que colaboram com o esquema de corrupção, analise transferências e aplicações de recursos como o Fundef.

Todas essas estratégias exigem, sem exceção, a conivência de funcionários do poder público. A prática mostra que é impossível um prefeito ou vereador roubar sozinho. Preste atenção nas atitudes dos responsáveis por compras, almoxarifado, recebimento de serviços prestados, contabilidade e tesouraria.

Fonte: Amarribo

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