
Apesar de algumas reuniões já terem sido realizadas para se discutir alternativas, muitas das partes envolvidas ainda são contrárias ao processo. Do lado favorável ao parque está o ICMBio, com o apoio de organizações não governamentais. O objetivo da instituição é proteger uma área de 87 mil hectares, ocupada por fauna e flora remanescentes de Mata Atlântica e nascentes dos principais rios do Sul de Minas e do Vale do Paraíba. Do outro, estão os proprietários das terras, preocupados com desapropriação.
A discussão envolve também empresas que atuam no plantio de eucalipto e temem perdas com o negócios e as prefeituras, receosas com o impacto social da possível mudança de famílias da zona rural para as cidades. Caso seja criado, o parque vai abranger as extensões de florestas existentes nas seis cidades mineiras de Delfim Moreira, Marmelópolis, Virgínia, Passa Quatro, Itanhandu e Itamonte; os municípios paulistas de Cachoeira Paulista, Campos do Jordão, Cruzeiro, Guaratinguetá, Lavrinhas, Pindamonhangaba, Piquete, Queluz e Santo Antônio do Pinhal, além de Resende, no Rio de Janeiro.
Os prefeitos decidiram criar um documento pedindo a suspensão imediata da proposta do ICMBio, para que ela seja melhor analisada e todos entrem num acordo. A carta que está sendo elaborada por prefeitos de São Paulo deve ser encaminhada para os representantes do poder Executivo de Minas. Eles pretendem junto aos deputados marcar uma audiência e entregar o pedido à ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira e ao Governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia.
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