segunda-feira, 4 de maio de 2009

Ocupação desordenada do solo favorece erosão em áreas próximas a rios

O mundo vem passando por uma série de alterações climáticas nos últimos anos. É comum, por exemplo, encontrarmos locais onde antes só chovia em determinada época, com chuvas intensas em dias que antes eram ensolarados. O Brasil passou recentemente por esse tipo de situação em Santa Catarina. No ano passado, muitas casas foram destruídas pelo alagamento e pelos desmoronamentos de terra provocados pela chuva. A erosão, aliás, é um fator que prejudica ainda mais as populações ribeirinhas, porque o solo vai ficando enfraquecido e não aguenta a estrutura das moradias no caso de enchentes. Por isso, o crescimento desordenado das cidades representa um risco. Construções em barrancos, montanhas e na beira dos rios e lagos, por exemplo, ficam mais vulneráveis, como explica o geólogo do Sistema Confea/Crea, Rodrigo Sato.

"O perigo imediato é o período do escoamento, do alagamento. Se a dinâmica fluvial mudar por algum evento brusco, uma enxurrada, uma coisa assim, ele muda a posição das curvas do rio, ele vai erodindo de um lado e vai depositando do outro. Se tiver uma casa no caminho de onde está erodindo, a casa vai acabar caindo da para dentro do rio."

Rodrigo Sato lembra que construir casas perto da água não é confiável por causa do próprio ciclo da natureza. O curso do rio, segundo ele, está sempre mudando, abrindo novos caminhos e fechando outros. Por isso, o risco de enxurrada sempre vai existir.

Reportagem, Cynthia Ribeiro

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