Para dar um destino sustentável ao óleo de fritura que sobrava dos refeitórios de uma empresa de mineração em Minas Gerais, pesquisadores de Itaúna criaram a Usina Móvel de Biocombustível. Montada em uma carreta, a pequena usina tem a capacidade de produzir cento e cinquenta litros de biodiesel por hora e pode custar até dez vezes menos do que uma usina comum. A ideia é aproximar a produção de combustível das comunidades levando a usina de biodiesel móvel até o local de fornecimento da matéria-prima, no caso o óleo de fritura. Hoje, o projeto já conta com duas usinas no município de Itaúna. O professor de engenharia da Universidade de Itaúna e responsável pelo desenvolvimento do projeto, Alex Brasil, destaca os benefícios que a Usina Móvel de Biodiesel pode trazer para o desenvolvimento sustentável da região:
"Se ela trabalha com óleo residual, o que ela está fazendo? Ela está evitando que o óleo de fritura seja descartado de forma incorreta. Então, nós deixamos de poluir. Se nós estivermos trabalhando com agricultura, nós vamos trabalhar com agricultura familiar, pois a escala é pequena. Quando nós estamos trabalhando com agricultura familiar nós estamos o que? Nós estamos gerando renda. Com a questão do biodiesel, nós conseguimos reduzir em torno de setenta a oitenta por cento da emissão de gases de efeito estufa."
Alex Brasil acredita que a usina da biodiesel pode fazer o óleo de fritura virar, em pouco tempo, uma fonte de renda para a comunidade, assim como acontece com a coleta de latas de refrigerante. A Usina Móvel de Biocombustível foi uma das atrações da ExpoWEC, no ano passado. A exposição fez parte do Congresso Mundial de Engenharia, promovido pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.
Reportagem, Cynthia Ribeiro
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