Os pecuaristas de Minas Gerais que alimentam o gado com subprodutos de aves e suínos, caso insistam nessa prática, vão sentir a consequência no próprio bolso: os animais podem ser sacrificados e os proprietários não terão nenhuma indenização. A advertência é do secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Gilman Viana Rodrigues. Ele informa que essa medida será adotada pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), com base em Instrução Normativa do Ministério da Agricultura, para preservar o mercado interno e externo.
“Essas normas surgiram no mundo devido à ocorrência da encefalopatia espongiforme bovina (EEB), também conhecida como “Vaca Louca”, e passou-se a requerer controle rigoroso de resíduos oriundos de animais na ração de ruminantes”, acrescenta o secretário.
Um dos subprodutos proibidos de compor a alimentação dos animais é a cama de aviário ou cama de frango, constituída de dejetos, penas, resíduos de ração e outros que ficam acumulados no piso das granjas. Há também os dejetos de suínos, sangue e derivados, farinha de sangue, de carne e ossos (exceto a farinha calcinada). Ainda estão incluídos os resíduos de açougue e produtos que contenham, em sua composição, proteínas e gorduras de origem animal.
De acordo com Gilman Viana, “estes produtos podem ser utilizados de maneira geral como adubo na agricultura, mas em nenhuma hipótese devem ser incluídos na alimentação dos ruminantes.” Portanto, não podem integrar a ração de bovinos, ovinos, caprinos e búfalos. Ele explica que os subprodutos das granjas avícolas e suinícolas podem conter uma proteína chamada prion, que provoca a encefalopatia espongiforme bovina. Diz ainda que, “mesmo na hipótese de não existência da prion, a proibição procede por causa de acordos e regras sanitárias do mercado mundial”.
Thaís Villela
Comunicação EMATER-MG
(035)3821-0010
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