Celebração ecumênica na PUC Minas convoca cristãos a refletir sobre desigualdade, solidariedade e capitalismo.
Uma mudança urgente no modelo econômico vigente. Esse é o pedido dos cristãos brasileiros a todo o mundo durante a Campanha da Fraternidade, aberta ontem em Belo Horizonte, com o tema Economia e vida e o lema “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro”. Este ano, o movimento católico é ecumênico, a exemplo do ocorrido em 2000 e em 2005, e conta com a participação do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs (Conic), composto pelas igrejas Católica Apostólica Romana, Episcopal Anglicana do Brasil, Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Presbiteriana Unida do Brasil e Sirian Ortodoxa de Antioquia. “Quando promovemos ecumenicamente, estamos tocando a alavanca fundamental para a vida da sociedade”, afirmou o arcebispo metropolitano de BH, dom Walmor Oliveira de Azevedo.
Segundo ele, a Igreja Católica no país e os cristãos em geral estão fazendo uma crítica direta ao capitalismo. “Por que tanta exclusão, desigualdade, uso e abuso da natureza?”, questionou. O arcebispo também explicou a relação entre a economia e os preceitos religiosos: “ A fé tem relação com a economia, já que essa tem tudo a ver com a vida e a vida, por sua vez, é um dom de Deus”. Dom Walmor acrescentou que os fiéis serão chamados a refletir também sobre várias outras questões, como o balizamento ético da sociedade. Ele lembrou a crise política no Distrito Federal. “É um tempo de corrupção e de danos ao erário público porque falta consciência moral às pessoas”, ressaltou.
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