segunda-feira, 19 de julho de 2010

ONU quer transformar site mineiro em projeto mundial.

Um site criado por dois brasileiros para estimular e facilitar o acesso da população a informações públicas de relevância conquistou a simpatia da Organização das Nações Unidas (ONU) e deve ser expandido para outros países. Batizada de Vote na Web, a página (www.votenaweb.com.br) basicamente explica, em linguagem clara e resumida, os projetos mais importantes e polêmicos em tramitação na Câmara dos Deputados e no Senado. Também permite ao cidadão votar nas propostas e fazer cruzamento de dados para verificar se suas posições a respeito das matérias em tramitação estão em desacordo ou não com o que pensam os parlamentares, principalmente no caso daqueles que já receberam ou vão receber seu voto nas eleições de outubro.

Os idealizadores do Vote na Web são os mineiros Fernando Barreto e Helder Araújo. Barreto voltou este fim de semana dos Estados Unidos, onde participou de reuniões com representantes da ONU para discutir meios de disseminar a proposta para outros países. O programa caiu nas graças da organização em maio, durante apresentação sobre o serviço na conferência Gov 2.0, que reuniu propostas para governos colaborativos que usam a internet como principal recurso para que a população participe de maneira efetiva do governo de um país.

Barreto conta que durante a feira foi procurado por representantes da ONU que gostaram do Vote na Web e o convidaram para apresentar a proposta oficialmente para a organização. A intenção da ONU, segundo ele, é levar o projeto para outros países, como forma de aproximar a população, principalmente os mais jovens, da política.

Lançado em novembro do ano passado, o Vote na Web no Brasil já tem cerca de seis mil usuários e quase mil leis cadastradas. Segundo os idealizadores, 60% dos usuários, que precisam se cadastrar para votar e acessar todo o conteúdo da página, têm menos que 30 anos. “Cerca de 20% deles vão votar pela primeira vez nessas eleições”, conta Barreto. Segundo ele, no Congresso tramitam propostas relevantes, que afetam diretamente a vida do cidadão e que, na maioria das vezes, passam despercebidas pela população e, mesmo importantes, não geram a mobilização como a da proposta da Ficha Limpa, que acabou virando lei. “O projeto é uma maneira de dar um upgrade na democracia”, afirma Barreto.

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