O Brasil tem condições de se tornar um país modelo em sustentabilidade. Mas para isso, é preciso uma mudança no comportamento dos brasileiros. A opinião é do engenheiro do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Urbanismo, o CREA, do Distrito Federal, Jorge Fernandes. Para ele, um bom começo seria a mudança das matrizes energéticas brasileiras para outras mais limpas, como a eólica e a solar. Jorge Fernandes destaca que um modelo a ser seguido seria o Setor Noroeste, um bairro em construção na capital federal onde os prédios serão equipados com energia solar, aproveitamento de água da chuva e um sistema subterrâneo de sucção do lixo.: "Eu diria o seguinte: o Setor Noroeste é um avanço, no meu entendimento, em nível Brasil. É o primeiro setor que se preocupa prioritariamente com sustentabilidade, isso é verdade. Eu acho que o modelo não atinge todos os parâmetros de sustentabilidade ainda, mas já é um grande avanço."
O engenheiro explica que a adoção do Setor Noroeste como modelo a ser seguido depende da mudança de comportamento do brasileiro.: "A ideia é usar com parcimônia os recursos naturais, senão eles acabam. Não é deixar de usar a energia elétrica, é usar de forma a não desperdiçar, por exemplo: se lavar seu carro com água tratada, ou lavar a calçada com água tratada, isso é um desperdício, se gasta uma nota para purificar essa água e você lava seu carro."
Para o engenheiro, o Brasil poderia liderar um processo de mudança de postura, usando o Setor Noroeste para difundir e promover um modelo de sustentabilidade. Jorge Fernandes lembra que o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, o Confea, tem um grupo de trabalho dedicado ao meio ambiente, que propõe justamente a divulgação do conceito de cidade sustentável.
Reportagem, Luciana Cobucci
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