Um estudante de uma escola de Belo Horizonte foi condenado a pagar uma indenização de R$ 8 mil pela prática de bullying, atos de violência psicológica e física, contra uma colega de sala. O juiz Luiz Artur Rocha Hilário, da 27ª Vara Cível de Belo Horizonte, considerou comprovada a existência do bullying diante das provas apresentadas. A decisão foi dada em primeira instância e ainda cabe recursos.
Segundo a garota, o colega usou apelidos e insinuações durante grande parte do período letivo para prejudicá-la. Mesmo com uma advertência escolar, o comportamento do garoto não mudou. Os parentes da adolescente agredida decidiram ajuizar uma ação contra o menino. Os pais do adolescente alegam que o menino passou a ser chamado de “réu” e “processado” após o ajuizamento da ação.
Portal UAI
Quais são os tipos de maus-tratos utilizados pelos autores de bullying e como ocorrem na prática as condutas bullying?
Nos estudos sobre bullying, os tipos de maus-tratos encontrados são: físico, verbal, moral, sexual, psicológico, material e virtual. Ocorre quando um ou mais alunos elegem uma vítima para “bode expiatório” do grupo e contra ele exercem força coercitiva, com atitudes agressivas, contra as quais as vítimas não conseguem se defender. Os autores mobilizam as opiniões dos colegas contra a vítima, através de boatos difamatórios ou apelidos que acentuam alguma característica física, psicológica ou trejeito considerado negativo, diferente ou esquisito. Outros perseguidos são estranhos, nerds, os que têm sotaque, jeito efeminado ou sensível, no caso dos meninos, ou masculinizados e grosseiros, no caso das meninas, ou aqueles que são diferentes da maioria dos alunos. Os agressores normalmente maltratam suas vítimas, constrangendo-as com zombarias, “zoações”, “sacanagens” ou valendo-se de gestos, expressões faciais, risadinhas irônicas ou olhares ameaçadores. Na maioria dos casos, a vítima sente-se isolada e excluída do convívio dos colegas, seja por ter o moral rebaixado, seja pela rejeição a ela que os grupos manifestam, uma vez que não querem entre eles alguém “tão fraco ou indefeso” ou temem que, ao apoiá-la, tenham que enfrentar os seus agressores e tornem-se as próximas vítimas.
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