sábado, 25 de julho de 2009

Personagens crescem e os lucros também

Quem não se lembra da menina de franja com rolinhos e vestido vermelho que lutava para ter espaço na turma masculina? Ou da famosa expressão “clube da Luluzinha”? Pois é, ela cresceu e está nas bancas em formato de turma jovem, ou teen, como preferem chamar os editores.. A Mônica, aquela baixinha, dentuça e gorducha, também ficou adolescente, ganhou corpo mais sensual e deu uma “bitoquinha” no Cebolinha, em edição de capa que levou ao recorde de vendas nas bancas. Uma onda de personagens de histórias em quadrinhos criadas há décadas invade as bancas em novas versões. O foco das novas revistinhas é o público adolescente, com idade entre 12 e 16 anos. A Tina, que nas edições da Turma da Mônica representava com o Rolo, a Pipa e o Zecão os personagens jovens, também ganhou uma revista só da personagem. E até mesmo o jeca do Chico Bento, criado por Mauricio de Sousa em 1961, pode ganhar sua edição teen. “O Chico está em estudo”, diz Mauricio.

Na avaliação das editoras, o público adolescente, hoje “viciado” em internet e séries de TV, não contava com histórias impressas da vida real. E é por isso que fazem apostas milionárias nas revistinhas de turma jovem. A maior parte dos formatos é no estilo mangá (histórias em quadrinhos japonesas). Os personagens seguem o ritmo de vida dos adolescentes atuais, frequentam shoppings, paqueram, têm blog, Twitter, banda de rock, são ligados ao mundo da moda e têm os conflitos próprios da idade.

A Luluzinha Teen e sua turma, lançada em junho pela Ediouro, com o selo da Pixel, voltou às bancas depois de a personagem ficar 10 anos fora da versão impressa. No lugar do diário infantil, a Lulu mantém um blog, criado por sua amiga Aninha. O cabelo de cachinhos pequenos foi substituído por outro com versão baby liss, mais atual. O Bolinha agora é o Bola, emagreceu muito e trocou o violino por uma banda de rock. O Alvinho virou skatista, a Glorinha adora o mundo fashion, a Aninha virou uma geek (gíria que define pessoas obcecadas com tecnologia) que adora games e o Plinio continua o esnobe de sempre.

Fonte: Estado de Minas. Matéria completa para assinantes

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