Os desastres naturais, como as chuvas severas que inundaram cidades inteiras na Região Sul do País, a seca na Amazônia e o Furacão Catarina, apontam para uma mudança extrema no clima do Brasil. Pesquisadores e meteorologistas estão preocupados. Para eles, desastres naturais podem começar a atingir as grandes cidades. A avaliação foi apresentada durante o terceiro Simpósio Internacional de Climatologia, realizado em Canela, no Rio Grande do Sul e organizado pela Sociedade Brasileira de Meteorologia. Para os especialistas do clima, é preciso avançar em novas formas de analisar e diagnosticar as mudanças extremas do clima no Brasil, além de criar respostas eficazes que garantam o desenvolvimento sustentável de setores da economia, como a agricultura. O presidente da Sociedade Brasileira de Meteorologia, Nelson Ferreira, defende maior conscientização da sociedade sobre o assunto:
"Os principais desafios passam primeiro pela conscientização de toda a sociedade, de todo um segmento, de todos os políticos, dos tomadores de decisão. Do ponto de vista técnico, os desafios passam pela consolidação de uma rede de observações para que a gente possa ter mais e mais condições de monitorar aquilo que está acontecendo em nosso território."
Nelson Ferreira destaca, ainda, que o Brasil precisa de uma rede de observação efetiva na Amazônia, na Região Sul do País e nos oceanos, o que incluiria o uso de satélites e radares. A medida ajudaria na prevenção de desastres. O simpósio contou com a participação de representantes de universidades, institutos de clima como o Inpe e o Clima Tempo, além de representantes do Sitema Confea/Crea e do Ministério de Ciência e Tecnologia.
Reportagem, Patrícia Resende
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